SEJAM BEM VINDOS!

E ainda continuo vendo perdas...

Antes de perder meu filho nunca tinha dado atenção ao assunto, mas faz parte do ser humano só se interessar por aquilo que faz parte de sua vida, de seus interesses, enfim, há 3 anos que venho me dedicando ao assunto, me emocionando, indignando, e infelizmente, não pára, as perdas são recorrentes, nem vou falar de estatísticas porque de certa forma choca. 
Depois que passei pela perda foram inúmeros casos, aqui onde moro, na tv, na revista, em outros milhares de blogs que já visitei, no Facebook, e quase sempre por uma constante: a falta de pre-natal e negligência medica.
Há pouco mais de 1 mês tive que vivenciar de muito perto mesmo a perda de uma bebê de uma vizinha aqui em minha cidade, e o caso acredito eu, que tenha sido por muita falta de informação ( eu mesma quando engravidei da primeira vez não sabia dos problemas, era muito leiga e até mesmo ingenua), o que se conclui no caso é que o bebê já era pós-termo, ou seja, passava das 42 semanas e pasmem, a mulher chegou ao hospital e mesmo diante do quadro, induziram o parto e quando se agravou ainda mais, diante daquela "brutalidade", onde relata-se que na indução o bebê começou a sair voltou pra dentro do útero porque a mulher não tinha "passagem", ( condições físicas de ter o bebe via parto normal), resolveram fazer uma cesárea de última hora, resultado: o bebê nasceu vivo porém, cansado, ( acredito eu em sofrimento) , meconiado e sobreviveu poucas horas... 
Meu Deus até quando isto vai acontecer, até quando os médicos que atendem pelo SUS, vão levar a gravidez a pos-termo, vão forçar o nascimento via PN (nada contra, mas é preciso saber a anatomia da mulher, analisar suas condições clínicas e físicas, para saber se é seguro para mãe e filho um PN). Resumo deste caso específico, a criança era normal, grande, com quase 4kg, e já estava em sofrimento fetal. Porque de tudo isto? Falta de um pre-natal adequado, falta de humanidade dos médicos que atendem casos do tipo e não resolvem. O que acontece é muito delicado, muito profundo e eu não me conformo.
Não vou me estender muito porque eu me sinto impotente, mas que fique sempre aqui nossa indignação!
Que Deus conforte o coração destas famílias que se encontram destruídas por tudo isto, Deus tome conta!!!
Desejo e espero que o sonho da maternidade se torne presente na vida destas MÃES DE ANJOS!

5 comentários:

  1. Marissa, não é só em caso de obstetras não. É geral! Levei meu filho na emergência e fomos tratados com descaso! Crianças vomitando e os bonitinhos nem ai para atender. Infelizmente essas pessoas não podem ser chamadas de profissionais e nem tem amor ao que fazem. Sinto também por muitas mães não poderem ter nos braços o que esperaram por nove meses. Estamos nas mãos de Deus e só Ele para nos proteger!

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  2. Gi, nem me fale disto, eu sei como funciona, também já passei apuros com meus pequenos aqui e quando nos atendem é sempre a mesma coisa: virose! Pode até ser que em certos caso seja mesmo, mas pra tudo, se chegar com fratura exposta provavelmente vão dizer que é virose. Quando dependemos de posto de saúde é ainda mais crítico, o medico nem sempre atende e quando faz é com total descaso mesmo, o que podemos fazer, nada né, infelizmente!!! Nossa me revolto demais!!!!

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  3. Olá, Marissa. Que bom encontrar o seu blog e encontrar mamães que sentem o que sentimos. Ou seja, essa dor rasgante no peito. Quando leio casos parecidos me identifico e parece que a dor compartilhada se torna um pouquinho mais amena.

    Perdemos nossa amada Julia há menos de 3 meses, no final de abril. Eu estava com 36 semanas de gestação, faltando pouco para ganhar, tudo pronto e uma felicidade sem tamanho. No meu caso, não foi erro de ninguém, nem médico, nem equipe, nada. (nós, humanos, muitas vezes gostamos de apontar e culpar alguém). Eu e Julia sempre estivemos ótimas! Sou e estive muito saudável na gestação e Julia era perfeita, segundo todos exames, incluindo autópsia e exames microscópicos. Nunca tive sintoma ruim algum. E tive uma gestação tranquila e com alimentação adequada. Fui feliz fazer uma ultrassonografia quando estava com 36 semanas e o coração dela não estava batendo. Bom, vc imagina o pânico, não é mesmo? Como assim? Ninguém entendeu nada. O médico estava perplexo. A cesárea de emergência foi feita e viram que foi muito recente a hipóxia intrauterina (falta de oxigênio). Cogitava-se em nó no cordão umbilical, mas não era. Meu médico perguntava se eu havia tido tombo ou cheirado produto tóxico no dia anterior. Tive um dia muito tranquilo no dia anterior, nada disso aconteceu e Julia mexia muito! Não temos explicação. E hoje, passados quase 3 meses estamos tentando seguir a vida. Não é fácil conviver com essa dor, com esse punhal no peito. Não temos conclusões médicas. Foi uma fatalidade. Tudo estava perfeito e excelente! Temos que nos agarrar em Deus. Ainda não consigo rezar, me sinto traída e apunhalada pelas costas. Afinal, como é possível me deixar chegar até o final da gravidez, criar todo o amor e expectativa, fazer tudo para esperarmos nossa princesa, não ter nenhum prenúncio de nada errado e num fatídico dia me arrancá-la dessa forma? Mas em breve esse sentimento amenizará(assim espero) e dará lugar a algo que abrande um pouco nossos corações. Eu orava tanto com nossa Julia!
    Enfim, foi um desabafo.
    Que bom encontrar o seu blog e compartilhar minha história.
    Um abraço bem apertado, com muito carinho.
    Lilian

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  4. Lilian, primeiramente seja bem vinda ao meu blog. Sinto muito pela perda da sua Júlia, com certeza é mais um anjinho que está no céu com o meu Lucas. O seu caso ainda é recente e tudo o que você está sentindo eu já senti, é uma dor incomensurável, algo inexplicável mesmo, que foge ao nosso entendimento. No momento o que posso lhe dizer é que as coisas vão tomar novos rumos, tudo que agora é desesperador, com o passar do tempo vai amenizando, se é que posso dizer assim, pois perder um filho é perder parte de nós. Você já deve ter lido minha história, mas resumidamente perdi meu Lucas com 40 semanas, tudo também estava aparentemente bem e de repente na ultra não acharam os batimentos cardíacos, mas o médico logo diagnosticou meconio, pois ao romper a "bolsa", saiu literalemnte todo o meconio e ele havia aspirado, neste caso, quando não é fatal, deixa consequencias muito serias. Enfim, as causas que levaram a este quadro agudo nao foram descobertas, o que se sabe é o sofrimento fetal que levou a hipoxia, resultando na aspiração.
    Sabe, por muito tempo me culpei, procurei causas e nunca as achei, se apegue a Deus, mesmo que agora se sinta traida, logo voce compreenderá que foi o "certo", por mais que aos nossos olhos seja errado no momento.
    Fazem 3 anos e meio que perdi meu filho e hoje eu tenho um casal de gemeos, que vieram de uma gestação natural, vejo como uma presente de Deus, uma recompensa nao por merecimento, mas por todo o sofrimento que passamos.
    Lilian, neste momento inicial nao há palavras que te acalmarao, mas creia e saiba que o sonho da maternidade não pode ser perdido, lute, com todas as suas forças, persista e se recupere, fisicamente e mentalmente , que logo seu sonho, sua hora chegará.
    Me coloco a disposição em meu blog, o que posso fazer é te dar animo e te dizer que tudo passará e logo a felicidade chegará, o sonho será novamente motivo de alegria em seu lar.
    Fique com Deus e paz em seu coração é o que lhe desejo!!!!

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  5. Gostei muito. É um apois ler sobre outras mães . também passei por isso duas semanas estava de 3 meses e cinco dias. Deus tudo sabe e nos confortara e a dor passará com a força de orações.

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