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Entrevista com especialista sobre gravidez de gêmeos

Gêmeos

Dra. Maria de Lourdes Brizot é médica, responsável pelo Ambulatório de Gestações Gemelares do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Como será nascer com uma cópia idêntica a si mesmo, mesmo que aos poucos ela vá se modificando, porque essas pessoas aparentemente iguais e fruto da mesma gestação reagem de forma diferente diante dos estímulos recebidos e desenvolvem personalidades distintas?
Como se sentirão os gêmeos dizigóticos, aqueles gerados por dois óvulos e dois espermatozoides, portanto com carga genética distinta, que não são necessariamente parecidos, mas que estiveram juntos desde o útero materno?
Gêmeos sempre despertam curiosidade, especialmente os univitelinos que são monozigóticos, isto é, formados a partir da divisão de um único óvulo fecundado por um só espermatozoide.
A gestação gemelar tem características particulares e implica seguimento mais cuidadoso por parte do médico e da própria gestante. Dificilmente atinge as quarenta semanas previstas, já que a capacidade de distensão do útero vai até certo ponto e a maioria dos partos é feita por via alta, ou seja, por cesariana.
GÊMEOS IDÊNTICOS E NÂO IDÊNTICOS
Drauzio – Como se formam os gêmeos iguais, univitelinos, e os gêmeos diferentes ou dizigóticos?
M. L. Brizot – Em 2/3 das gestações gemelares, os gêmeos são bivitelinos, portanto não são idênticos; em 1/3 são univitelinos, portanto idênticos.
Os gêmeos não-idênticos são formados pela fecundação de dois óvulos por dois espermatozóides. Na verdade, podem ou não ter o mesmo sexo e equivalem a duas gestações que se desenvolvem ao mesmo tempo e no mesmo ambiente.
Já os univitelinos ou idênticos formam-se quando um único óvulo, fecundado por um só espermatozóide, sofre posteriormente uma divisão. Logo, gêmeos idênticos têm necessariamente mesma carga genética e mesmo sexo.
Drauzio – Faz diferença a gestação de gêmeos idênticos ou não-idênticos?
M. L. Brizot – O que faz diferença nas gestações gemelares é o número de placentas. Quando são duas placentas, uma para cada feto, a gestação é menos complicada, mas será mais complicada se houver apenas uma placenta para os dois fetos.
Gêmeos não-idênticos obrigatoriamente têm duas placentas. Entretanto, somente de 10% a 15% dos gêmeos idênticos têm placentas separadas.
POSSÍVEIS CAUSAS
DrauzioO normal é a mulher liberar apenas um óvulo que será fecundado por um único espermatozóide e dará origem a um só feto. Por que algumas mulheres eliminam dois óvulos ao mesmo tempo ou um óvulo que depois de fecundado dá origem a dois embriões?
Maria de Lourdes Brizot – Existem várias teorias para explicar o caso dos gêmeos nãoidênticos. Uma delas defende que a elevação de certos hormônios estimula a liberação dos óvulos e por isso as gestações gemelares são mais frequentes entre os 30 e 37 anos da mulher. Outra levanta a possibilidade de que essa elevação hormonal esteja associada a alguns tipos de alimentos. Já se constatou também que a frequência dessas gestações é pequena entre os orientais e um pouco menor entre os brancos do que entre os negros.
Quanto à gestação de gêmeos idênticos provenientes de um único óvulo, as teorias são muitas, mas nada de muito concreto foi encontrado para explicar por que isso acontece. Parece não haver dúvida, porém, de que não há componente genético envolvido, ao contrário do que acontece com os gêmeos não idênticos.

Drauzio
– Quer dizer que certas famílias podem concentrar número maior de gêmeos não-idênticos?
Maria de Lourdes Brizot – Quando existem gêmeos não idênticos numa família, a chance de acontecer um novo caso é dez vezes maior do que em famílias sem história de gestações gemelares.
Drauzio – Pesa mais a família do lado paterno ou materno?
Maria de Lourdes Brizot – Para gêmeos não idênticos, parece que a influência maior é exercida pelo lado materno; já para os idênticos, não se observa a mesma relação.
DIAGNÓSTICO: SÃO GÊMEOS
Drauzio Em geral, as gestações começam todas da mesma maneira: um atraso menstrual, sonolência, às vezes enjoo ou uma sensação de cansaço inexplicável. A partir de que momento é possível fazer o diagnóstico de uma gravidez gemelar e como ele é feito?
Maria de Lourdes Brizot – Existe o conceito de que o nível da gonadotrofina coriônica é mais elevado na gestação gemelar e que a gestante têm enjoos mais intensos. Se isso é verdadeiro em alguns casos, não o é em muitos outros. Por isso, o diagnóstico definitivo depende do exame ultrassonográfico. O ideal é que seja feito no início da gravidez, nos primeiros três meses, quando se consegue definir, no caso dos gêmeos idênticos, se cada um terá sua própria placenta, o que facilitará muito o acompanhamento posterior da gestação.
Drauzio – A partir de quantas semanas o ultrassom detecta a gestação gemelar?
Maria de Lourdes Brizot – Já a partir de cinco ou seis semanas, o ultrassom consegue detectar gêmeos não idênticos, porque existem duas bolsas e duas placentas separadas. Gêmeos idênticos, com uma placenta só, são diagnosticados mais tarde, com seis ou sete semanas. Mesmo assim, é arriscado cometer um erro de diagnóstico: imagina-se que se trata de uma gestação única e depois se descobre que são dois bebês.
IMPORTÂNCIA DA PLACENTA
Drauzio – Qual a importância de existirem uma ou duas placentas?
Maria de Lourdes Brizot – Nas gestações de gêmeos não idênticos existem sempre duas placentas. Portanto, não seria exagero dizer tratar-se de duas gestações independentes, embora simultâneas e ocorrendo no mesmo ambiente e que, por isso, os bebês podem apresentar diferença de peso, altura, sexo, etc.
Quanto aos idênticos, em 90% dos casos, há só uma placenta, o que pode acarretar maiores complicações, pois, além de dividirem os nutrientes necessários para seu desenvolvimento, a circulação sanguínea de ambos se comunica através dessa placenta. Nos 10% restantes, em que cada um tem a sua placenta, a probabilidade de ocorrer um problema é sempre menor.
Drauzio – Nessa divisão, um dos gêmeos univitelinos pode levar vantagem sobre o outro?
Maria de Lourdes Brizot – Pode e isso explica que, em determinada fase da gestação, um seja muito menor do que o outro. Mas a diferença não fica só no peso. Se acontecer alguma complicação e um deles for a óbito, o outro poderá sofrer consequências uma vez que a circulação dos dois passa pela mesma placenta, na maioria dos casos.
Drauzio O que acontece quando no comecinho da gestação, ainda no primeiro trimestre, morre um dos embriões e o outro fica vivo?
Maria de Lourdes Brizot – No caso de uma única placenta, na maioria das vezes, o embrião que morreu vai diminuindo de tamanho, é reabsorvido e, a partir de determinado momento, não será mais identificado. Quando isso acontece em fase precoce, não repercute de forma alguma na gestação do sobrevivente. Se as placentas são independentes, então, o que ocorre com um não interfere no desenvolvimento do outro.
Drauzio – E se o óbito ocorrer quando os fetos forem maiores?
M.L.Brizot – Tudo depende do número de placentas. Se cada um tem a sua, a gestação continuará normalmente para o feto que permanecer vivo.
Drauzio – Existe risco de o feto que morreu ser eliminado através do colo uterino?
M.L.Brizot – Existe o risco, mas não é grande. Na maioria das vezes, a gestação evolui bem, sem risco de abortamento nem de parto prematuro ou mais complicado. Dependendo da fase da gestação em que ocorreu o óbito, ele pode nem ser percebido na hora do parto.
CUIDADOS COM A GESTAÇÃO GEMELAR
Drauzio – A gestação gemelar pode apresentar mais problemas do que a gestação de um só bebê. Que tipo de medidas devem adotar o obstetra que acompanha o caso e a mãe que está gestando dois bebês?
Maria de Lourdes Brizot – Nesse sentido, cuidados, preocupações e alegrias são proporcionais ao número de bebês. Como consequência, os cuidados com a gestante que vai ter gêmeos têm de ser maiores, porque as modificações em seu organismo são diferentes do que as que ocorrem numa gestação única.
Na gestação gemelar, o volume do útero e do sangue aumenta quase o dobro e, em termos de nutrição, as necessidades serão muito maiores. Além disso, a grávida de gêmeos corre maior risco de apresentar hipertensão, diabetes e parto prematuro. Consequentemente, as visitas ao obstetra assim como os exames ultrassonográficos precisam ser mais frequentes.
No que se refere ao feto, como já dissemos, as complicações estão mais relacionadas ao número de placentas. Gêmeos idênticos com uma única placenta são mais vulneráveis do que os que possuem placentas independentes e do que os não idênticos.
Drauzio – Há maior risco de malformação congênita em gravidez gemelar?
Maria de Lourdes Brizot – Não é que isoladamente cada feto corra maior risco. A gestação em si é que pode apresentar algum tipo de problema, porque na verdade são dois fetos que se desenvolvem no mesmo momento.
Drauzio – Isso indica avaliações mais frequentes das condições fetais?
Maria de Lourdes Brizot – Tudo o que se faz na gestação única, faz-se também na gestação de gêmeos. O exame de translucência nucal, por exemplo, é importante tanto nas únicas quanto nas múltiplas. A grávida de gêmeos, porém, faz mais ultrassons para averiguar o crescimento dos fetos, a quantidade de líquido e as condições em que se encontra cada um deles, porque do bem-estar de um pode depender o bem-estar do outro.
Drauzio – Qual a rotina dos exames de ultrassom na gravidez de gêmeos?
Maria de Lourdes Brizot - Sempre se costuma pedir um ultrassom por volta da sétima ou oitava semana para firmar o diagnóstico de gêmeos. Depois, na 12ª semana, é feito o de translucência nucal, que revela também quantas placentas existem.
A seguir, os exames de ultrassom são repetidos mais ou menos uma vez por mês para quem tem duas placentas e, eventualmente, num intervalo menor quando a placenta é só uma.
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Drauzio – O que justifica a incidência aumentada das gestações gemelares nos casos de fertilização in-vitro?
Maria de Lourdes Brizot – A reprodução assistida provocou aumento grande de gestações gemelares ou múltiplas. O ideal nesses tratamentos – pelo menos, o que o especialista e a maioria dos casais desejam – é que tenha sucesso a gestação de um único bebê, de dois no máximo, porque assim a gravidez estará sujeita a menos complicações. No entanto, é difícil obter esse resultado implantando apenas um ou dois embriões. Na maioria das vezes, transferem-se três ou quatro para assegurar o sucesso do tratamento.
Drauzio – Na verdade, esses embriões são fertilizados fora do organismo materno e depois transferidos para o útero da mulher. Pelo que você está explicando, implantam-se três ou quatro embriões com o intuito de que pelo menos um deles sobreviva e leve a gravidez até o final.
Maria de Lourdes Brizot – Sabe-se que nem todos os embriões transferidos irão se desenvolver normalmente. Às vezes, transferem-se quatro e nenhum se torna viável; às vezes, os três que foram transferidos evoluem sem problemas e, ainda, pode acontecer que um deles se divida em dois.
Drauzio – Para haver controle desse processo, precisaria enxertar apenas um embrião.
Maria de Lourdes Brizot – Transferir um embrião apenas poderia aumentar as chances de controle, mas diminuiria as de conseguir uma gestação.
Drauzio – Como cabem três ou quatro fetos na barriga de uma mulher?
Maria de Lourdes Brizot – Cabem, porque o útero vai se adaptando até atingir certo limite de distensão. Por isso, quanto maior o número de bebês, mais precoce o nascimento. A idade gestacional de quadrigêmeos é, em média, de 31 semanas; a de trigêmeos, aproximadamente 34 semanas e os gêmeos nascem por volta da 36ª semana, ou seja, quando a mãe está entrando no nono mês de gravidez. Esse adiantamento do parto explica algumas complicações que advêm de gestações múltiplas.
TIPO DE PARTO
Drauzio – Quais são as complicações que podem ocorrer na hora do parto?
Maria de Lourdes Brizot – A maioria dos partos de gestações múltiplas é por via alta, isto é, por cesariana. No caso de gêmeos, o parto normal é possível dependendo da posição em que estejam os bebês. O ideal é que os dois estejam de cabeça para baixo, o que acontece em 40% dos casos. Nos outros 40%, o número 1 está de cabeça para baixo e o número 2, numa posição diferente. Isso dificulta a realização do parto normal, mas mesmo assim ele pode ser feito, porque existem algumas manobras que facilitam o nascimento do segundo bebê. Quando nenhum dos dois está com a cabeça para baixo, a cesária é o procedimento indicado. Em se tratando de trigêmeos ou quadrigêmeos, o indicado é sempre o parto por via alta.
Drauzio – No caso de gêmeos, qual tem o parto mais difícil?
Maria de Lourdes Brizot – Na maioria das vezes, a complicação é maior no segundo gemelar. Às vezes, ele não está em posição favorável ou as contrações não são suficientes para expulsá-lo.
RESPEITANDO AS DIFERENÇAS
Drauzio – Quando os gêmeos univitelinos começam a manifestar diferença de personalidades?
Maria de Lourdes Brizot – Já no intraútero, os gêmeos apresentam diferença de resposta ao meio ambiente ou a qualquer tipo de agressão, tanto que um problema pode manifestar-se apenas num deles. Diria também que nos exames de ultrassom é possível observar, por exemplo, que um é mais agitado e o outro, mais calmo.
Essas diferenças acentuam-se no pós-natal. É sempre bom lembrar que mesmo os gêmeos idênticos são pessoas diferentes, com personalidades diferentes apesar de geneticamente iguais. Daí, a importância de os pais individualizarem a forma de tratar, vestir e educar essas crianças.
Drauzio É interessante notar que, muitas vezes, gêmeos idênticos vão perdendo a semelhança com a passagem dos anos.
Maria de Lourdes Brizot – Isso acontece porque cada um desenvolveu suas próprias características. Há, porém, outros que se parecem muito ao longo da vida, e até colaboram para perpetuar essa semelhança. Há dois gêmeos americanos, um é médico e o outro é físico, que cuidam de uma fundação nos Estados Unidos e fazem questão de manter a semelhança física. Na verdade, entre eles existe algo que vai além da convivência e, embora o lado genético tenha influência muito forte nessa ligação, eles se esforçam por mantê-la intensa a ponto de o físico, por exemplo, participar dos congressos médicos sobre gêmeos. Obviamente, há gêmeos que querem diferenciar-se e essa é a conduta mais habitual.
AMAMENTAÇÃO
DrauzioA tarefa de amamentar uma criança já não é muito fácil. Como as mães dão conta de amamentar dois ou mais bebês que podem chorar de fome ao mesmo tempo?
Maria de Lourdes M. L. Brizot – A mãe pode amamentar um bebê enquanto o outro dorme, ou pode amamentar os dois concomitantemente, colocando um em cada mama. Se desse modo consegue diminuir as horas que passa dando de mamar e estabelecer um horário para a amamentação, por outro tem de repartir a atenção entre as duas crianças enquanto as alimenta.
Drauzio – Quando a mãe tem três ou quatro filhos gêmeos, amamentar torna-se uma tarefa difícil de cumprir?
Maria de Lourdes Brizot –A tendência é que as mães de múltiplos, com três ou quatro filhos amamentem menos do que as que tiveram gestações únicas. Isso acontece não porque o leite seja necessariamente insuficiente, mas porque o trabalho é muito maior e requer ajuda de profissionais.
 
fonte: http://drauziovarella.com.br/saude-da-mulher/gemeos-entrevista/

Bebê com nariz entupido

Hoje venho mais experiências sobre cuidar de bebês. Desde que meu menino nasceu ele vem apresentando um nariz entupido e um catarro, as vezes mais diluído, outras vezes não, isso me incomoda, me entristece e me deixa muito nervosa em ver ele todo dia com este incômodo, imaginem, um bebê não sabe aspirar, a gente se tá com isso ou engole o catarro ( risos) ou bota ele pra fora suando o nariz, mas eles coitadinhos ainda não sabem de nada disso. A micinha ela tem catarro também, mas não entope como ele. Bom, diante da preocupação levamos em uma pediatra quando eles ainda tinham com 5 dias de vida e ela disse que isso era normal, provavelmente porque ficou "restos de parto" que não foi aspirado; voltei, ou melhor, meu marido e minha mãe voltaram com eles( pois na época estava me recuperando da cesárea e não aguentava sair de casa) e nós ficamos na expectativa disso acabar. Com 19 dias viajamos 300km (ida e volta srsrrs) e fomos pra "cidade grande" consultá-los com um pediatra famoso, na verdade ele foi meu pediatra( surpreendi dele ainda estar vivo kkkk...mas parece Papai Noel, todo branco), e ele analisou cada um dos bebês, relatei meu drama com meu filho e ele mais uma vez disse que isso era normal, que devemos aspirar, fazer nebulização e pingar sorinho, estamos fazendo isto, e a saga continua, infelizmente. Hoje , já se passaram mais de 40 dias e o meu bebezinho continua com o bendito do nariz entupido e com secreções, agora bem diluídas, ele fica nervoso tadinho quando a crise de entupimento bate nele, eu morro de dó, aí vai meu marido pegar ele e fazer todo o ritual, aspirar, sugar, pingar soro até ele ter um alívio. Fui no PSF daqui da cidade e o médico, ( náo é pediatra), nos falou sobre o ambiente da nossa casa, perguntou trocentas coisas e chegamos a conclusão de que meu quarto, onde estamos todos dormindo por enquanto, está com umidade e descobri uma parede mofada atrás dos móveis, aí mais que depressa fizemos uma mudança, procuramos o quarto mais seco e colocamos nossa cama lá pra dormir com os filhotes, porque até hoje eles dormem na cama com a gente, imaginem a cena, 4 em uma cama de casal que nem é king size kkkk.
Ainda não notei diferença, ele continua com o nariz entupido.
Então se alguém que estiver lendo este post já tiver passado com seu recem-nascido o caso do nariz entupido e com secreção que persiste, por favor me mandem um recadinho.

Não pude amamentar: a rotina da mamadeira

Meu sonho era amamentar meus bebês no peito, aquela cena de revista, a mamãe de gêmeos com os dois bebês ao mesmo tempo, um de cada lado, linda imagem...mas a minha realidade foi outra eu não tive leite materno, bom vou explicar: na verdade eu demorei 5 dias mais ou menos pro meu leite "descer", meus peitos estavam grandes, cheios, tinha até inguas debaixo do braço, fiquei toda esperançosa, mesmo com o estresse dele não descer logo depois do parto. Então, o leite veio, mas percebemos que estava em pouca quantidade, ele não vazava como acontece com outras mulheres, e ai fui orientada pelas pessoas a comer canjicão, passar pente nos seios debaixo do chuveiro na hora do banho, tomar mingau de fubá, enfim, fiz e tomei, comi tudo que me mandaram. Usei a ordenhadeira, arrumei uma bomba de tirar leite emprestada e ficava eu , mais de 40 minutos para encher uma chuquinha de 50 ml, era muito triste ver que não tava saindo. Colocava eles no peito e só o menino pegou o peito, chupava e eu morria de dor, no início é assim mesmo, a gente morre de dor na adaptação com o bebê no peito, mas eu tava lá firme e forte, saindo agua nos olhos , mas feliz em amamentar, mesmo diante de todas as dificuldades.A mocinha não pegava o peito de jeito nenhum, mas eu insistia e nada. Fui tentando e vi que não tava dando leite mesmo, os peitos esvaziaram, a ingua acabou e o leite secou, infelizmente. O sonho da amamentação não se realizou comigo, sei que seria difícil dar peito para dois, mas pelo menos um pouco de leite seria bom, porque os pediatras dizem que é o melhor, tem anticorpos e é fundamental mas fazer o que, não tive. 
Tenho usando fórmulas e tem sido outro problema nas nossas vidas, comecei com o leite em pó o NAN PRO 1, que ressecou o intestino deles demais, aí me indicaram o NAN confor 1, usei também e não vi diferença nenhuma, continuam com o intestino preso e ainda estão com muitas cólicas, ficam vermelhinhos espremendo de dor, faz até dó. Também estou experimentando leite em pó NESTOGENO, já dei uma lata e não deu pra saber se foi bom porque tínhamos comprado muito NAN pela internt e tivemos que usar ele para não desperdiçar. Me falaram tambem do APTAMIL, mas este eu ainda não experimentei, só queria um leite em pó que soltasse o intestino deles porque é um sofrimento vê-los assim, sentindo cólicas e tendo dificuldades de evacuar. 
O pediatra me ensinou dar água de ameixa preta pra eles junto com a mamadeira e ontem nós damos e de manha e fizeram um cocozinho mais mole.
Então é isso, o sonho da amamentação não aconteceu comigo, fiquei muito triste, mas estamos cuidando demais deles, damos mamadeiras de 3 em 3 horas e  se choram damos antes, eles tem alcançado um bom peso e é isso, o que é ruim é preparar as mamadeiras no sentido da higiene que deve ser dobrada, triplicada, ferver as mamadeiras, lavar as mãos,pra evitar qualquer tipo de contaminação.
Se algúem souber de algo bom pra intestino de bebês, por favor me falem, um leite em pó diferente que usaram....

Depois de 1 mês...(balanço)

Falar da vida agora é fácil, gostoso e muito gratificante para nós, Deus em sua infinita misericórdia nos presenteou com nossos gêmeos que enchem nossa vida de sentido.
Bom, se eu for fazer um balanço do mês eu posso resumir que ser mamãe de gêmeos é maravilhoso, mas cuidar deles não é tarefa fácil, precisa de muita força, dedicação e principalmente uma organização absurda para não nos perdermos em tantos afazeres. Eu não estou sozinha,arrumei uma ajudante em casa e meu marido cuida deles também, na verdade, ele foi quem cuidou mesmo quando eu ainda me recuperava da cesárea, isto inclui: deu banho, curou os umbigos que cairam rapidinho com 7 dias, trocava fraldas, dava mamadeira, fez tudo mesmo.
Eu só fui ajudar ele depois de uns 13 dias, mas mesmo assim eu ainda sentia muitas dores e não podia fazer quase nada, só ficava jogando uma aguinha neles na hora do banho e tentando marcar presença. Mas agora depois de mais de um mês com eles aqui eu já faço de tudo, só o banho que ainda tenho medo, mas já dei sozinha sim srsrrsr. Também posso dizer que não tenho mais tempo de nada, nem de respirar direito, a rotina aqui tem sido intensa mesmo, acordamos durante a madrugada, 3 vezes para dar mama e trocar fraldas pois eles fazem muito xixi e outra que o estômago deles é um reloginho, acordam sempre de 3 em 3 horas mais ou menos, berrando de fome. Durante o dia também é uma correria, é um faz mamadeira, ferver a mamadeira pra mim é o mais difícil, isso é o ruim do bebê tomar fórmula e não mamar no peito, a higiene no preparo das mamadeiras é muito sério, toda vez é preciso ferventar as mamadeiras por 5 minutos, lavar bem as mãos, enfim, higiene total. Tem dias que acordamos e quando vamos ver já se passaram umas 2 horas entre trocas de fraldas e mamadas e ainda não tomamamos café, escovar os dentes, pentear meu cabelo, é coisa que faço quando dá, não assustem é a mais pura verdade; ah outra coisa, levanto de pijama e passo o dia todo com ele, não tenho tempo nem de trocar de roupa...e quando dá a hora do meu banho eu já coloco outro pijama de novo, sendo assim, minha vida agora é viver de pijama. Lembrem-se é tudo dobrado, trocas, banho, mamadas, tudoooo... Quando chega a noite eu e meu marido estamos exaustos, eu tenho me apelidado de "ursa panda" por causa das minhas olheiras....
Contabilizando, fraldas ultimamente temos gastado um pacote de 36 fraldas em 2 dias mais ou menos, leite em pó estamos usando o NAN, e tivemos que comprar a lata de 800 gramas, que eles consomem em 4 dias, isso mesmo, eles mamam muito...cotonetes são caixas e mais caixas, lenços umedecidos, tivemos que comprar aqueles que vem em baldinhos com 400 unidades, tudo é em dobro e gasta muito mesmo.
Enfim, é maravilhoso ser mãe, ter os filhos aqui pra gente chocar srsrsrrs... 
Agradeço a Deus cada dia por esta benção, mas não vale aqui mentir e dizer que não é cansativo, é sim, mas o amor cobre toda a exaustão, posso estar morta de cansada, mas faço tudo com amor e o maior carinho do mundo.

Voltei..."A missão que prometi "

Bom, depois de muita coisa acontecendo, de muito pensar e rever meus conceitos eu decidi voltar a blogar com todos que me acompanharam e que por um tempo ficaram sem me ver por aqui. Fechei o blog por um tempo para rever mesmo a minha vida, para colocar as coisas no lugar e para viver o momento em que estava, uma nova gestação depois da perda, da luta. Foi um momento único, marcado por muitas sensações, medos, vitorias, momento muito delicado que exigiu de mim um controle emocional absurdo, que me renovou tambem a fé e as esperanças.
Hoje volto aqui no meu cantinho para continuar a minha "missão", classifico assim o fato de ter passado por tudo que passei, acredito que não foi em vão, já recebi muitos recadinhos carinhosos aqui de força que me faziam querer seguir em frente ajudando as pessoas, as mamães que passaram por um perda gestacional. 
Continuo aqui firme e forte e continuo dizendo que quero e vou ajudar com palavras de consolo, com força e com exemplo de perseverança, de busca dos sonhos. Digo a todas as leitoras que nunca desistam do sonho de ser mãe, por mais difícil que seja, vcs me acompanham e sabem o quanto eu sofri a perda do meu primeiro filho e hoje eu tenho dois bebezinhos em casa que enchem a minha vida de alegria e que me faz estar aqui dizendo que Deus é amor, misericórdia e ele é capaz de enxugar as lágrimas derramadas, creiam que a vitória virá.
Nunca, mas nunca desistam de lutar pelo sonho da maternidade, eu lutei muito e hoje estou aqui, venci.
Contem novamente com minha experiência, com minhas palavras.

Pós - operatório

Consegui mais um tempinho em meio a correria aqui, eles estão dormindo agora, então aproveito pra olhar tudo, email, blog, facebook...só assim, fico vidrada mesmo, não consigo fechar os olhos, to ligada a 220 volts....Eu tenho que ficar olhando eles o tempo todo, se estão respirando, enfim..
Bom, por trás de todo sonho vou contar meu pos-cirúrgico, ai meninas, foi doído demais, cheguei a pensar que nunca me recuperaria...Depois do parto de toda aquela realização, alívio, veio a noite, ou melhor a madrugada, meus filhotes nasceram as 7:20hs da noite e eu lembro que ficamos até a madruga ligados, até que tudo se acalmou e ficou eu e meu marido e os filhotes no quarto, eu não conseguia fechar os olhos e foi assim por dias...
Bom, os médicos disseram que dentro de um prazo de mais ou menos 3 horas o efeito da anestesia passaria e foi mesmo, aos poucos eu ia sentindo as pernas voltando, primeiro são os dedos dos pés que vão aparecendo, pedia insistentemente meu marido pra ir me beliscar no pé, pra ver se eu sentia, e nada, até que eu senti e foi tudo pra mim, porque a gente meio que pira, pensava que não voltaria da cirurgia, coisas bestas mesmo.
Bom, via toda hora um enfermeira entrar no meu quarto, trocava as bolsas de soro, aplicavam alguma medicação, fora as injeções na bunda...E foi indo, indo e anestesia passa e eu começo a sentir dor, o meu Deus que dores horríveis, chamei a enfermeira e falei da dor profunda, ela aplicou mais medicação, me acalmou um pouco, mas sentia. Depois o médico apareceu, bem de madrugada e eu falei da dor, ele disse que era assim mesmo. Bom, não dormia, meu marido cochilava lá na outra cama, e eu vidrada, colocamos os bercinhos pertinho da minha cama de modo que eu via os dois rostinhos e ficava ali...
Acho que fechei os olhos um pouco, meu marido ficou olhando os bb's e eu cochilei. Mal sabia o que me esperava, o dia seguinte, a manhã seguinte...Deitada na cama entra a copeira, coloca o café da manha..Depois entram duas enfermeiras  dizendo que iam me dar banho, que eu precisava alimentar e andar um pouquinho porque senão eu daria gases e sentiria mais dor, e eu inocente, nossa, vou levantar da cama, que belezura!!!!!!!!Porque da outra gravidez foi parto normal e de manha ja levantei e até tomei banho...Foi então que tentei levantar e nada, so levantei a cabeça e ja senti dor, meu marido me puxa daqui e as outras duas de lá e eu dor, dor, elas dizendo que eu tinha que levantar e eu chorando de dor, mas é dor mesmooooo...até que eles conseguem me erguer, e nesse momento quando sento parece que os 'órgãos voltam ao lugar", descem todos de uma vez, foi a sensação que senti junto com a dor, lembro de abraçar meu marido gemendo de dor, toda encolhida. Mas o pior ainda estava por vir, só tava começando...Aí elas me dão o café da manhã e eu tomo, toda retorcida..mal termino e ja queriam o banho, já devia ta fedendo pra quererem tanto me banhar. Aí foi a primeira tentativa pra ficar em pé e só lembro de me abraçarem, os 3 de uma vez e eu desmaiar e so voltar a realidade sentada de novo na cama, sem saber como, tremendo, sentindo frio, desmaio mesmo. Acreditem tentaram me lavantar pro bendito banho umas 5 vezes até eu desfalecer e meu marido dizer pra não darem banho agora, que mais tarde eu tentaria de novo. Ai me colocaram na cama e deitei de novo e a enfermeira ameaça, vc vai ter que passar por tudo daqui a pouco de novo, se eu fosse vc eu ja tentava o banho...eu já nem tava mais nesse mundo e nem respondi ela não. Veio o almoço depois e logo apos as benditas de novo, foi tudo de novo, levantar, colocar os orgaos no lugar de novo, sentir a dor, levantar, só não desmaiei de novo, e fui andando toda retorcida, incumbucada, como dizia minha vó, até ao baheiro...O banho elas me deram, foi triste, morri de vergonhaaaa. me vestiram e voltaram pra cama comigo...levaram meus bebezinhos pra tomarem banho e eu mandei meu marido ir atras, ele acompanhava eles o hospital todo. E toda hora entrava um e outro querendo saber dos gêmeos, foi uma loucura. Tomei medicação o dia todo, mas parecia que não funcionava, a noite eu fiquei melhorzinha e o médico veio me visitar e me obrigou a andar pelo corredor, eu ia, quase morrendo, mas lá íamos eu e meu marido me guiando, foi muito difícil, mas sinceramente para aliviar os gases as voltinhas pelo corredor me aliviaram. Dormimos, ou melhor, deitamos sem pregarmos os olhos...outro dia e eu levantando do mesmo jeito, parecendo que estava enrolada em arame farpado, sentindo os órgãos movimentando, e eu levantando, o medico veio e me deu alta,e eu fiquei feliz de voltar pra casa. Arrumei tudo, tomei banho e a enfermeira me aplicou um injeção de analgésico pra eu conseguir um tempo maior sem dor pra poder enfrentar a estrada de volta pra casa.
Custei a entrar no carro, e vim segurando a barriga e a estrada, buracos que só jesus, cada um deles, cada quebra-mola eu retorcia de dor, voltamos pra casa quase a 40km/hora, demorou horas, e assim cheguei em casa...
E depois a saga continua...
Só pra adiantar, fiquei muito tempo doendo, mais de uma semana na mesma situação, achava que nunca ia sarar, cada dia levantar da cama, tomar banho, sem poder ajudar meu marido, que foi um santo homem, dava banho cuidava de tudo, curou umbigo, tudooooooooooo. Eu só olhando, morrendo de vontade de fazer, sem poder.
Bom, algumas pessoas me falaram bem da cesárea, outras não, que sofreram assim como eu sifri, sinceramente detestei a recuperação, sofri muito, muito mesmo, a minha sorte é que foi bem sucedida no sentido de ter sido muito bem feita, os pontos não inflamaram, secaram rápido, nisso eu fui muito bem, o médico disse que nem cicatriz vai ficar. Então fica aqui a minha experiencia com os dois tipos de parto, eu já tive o normal do Lucas, quase morri pra parir mas depois a recupeação é muito boa, a cesarea na hora é mil flores, mas depois en não gostei. Mas tudo vale a pena quando vemos nossos bebezinhos, toda dor, tudo...
Ah, hoje estou bem, recuperei e a dor acabou, nem parece que sofri tanto!!!!!!!

Como foi o parto

Enfim, consigo um tempinho pra vir aqui contar um pouco de tudo. Ah, antes de mais nada estamos bem, me recuperando, e os bebês crescendo, eu acostumando com a rotina e aprendendo tudoooooooo.
O parto, nossa foi lindo e emocionante, o sonho realizado, mas também por outro lado tivemos a dura recuperação da cesárea.
Começando o relato, meu parto estava marcado para dia 14 de junho, tudo certinho, e já estava com médico, hospital, malas prontas para me locomover pra cidade que seria feito o parto, estava ansiosa, contando os segundos pra chegar, com medo, com tudo a flor da pele, mal conseguia falar ou pensar qualquer coisa. 
Eis que no dia 13, dia anterior vou eu pra minha última consulta com o meu GO, entro na sala toda feliz, faço o US perfil biofísico fetal, e graças a Deus os dois tiraram nota máxima e o médico de repente me diz: "nossa o seu menino está enormeee e está muito encaixado, nem consigo mais ver a cabeça dele direito, acho que vamos ter  bebê logo logo... A mocinha está "normal", dentro do peso esperado para gêmeos, e está tudo bem,. exceto o fato de que ela está sentada, o que dificulta o parto normal, mas eu já tinha descartado totalmente a possibilidade, já estava tudo marcado pra fazer a cesarea no dia seguinte. Fomos pra mesinha de exames clínicos e quando o medico faz o exame de toque ele diz, seu bebê já tá aqui embaixo e seu colo já está todo apagado, só falta um detalhe pra você dilatar  e outra coisa, quando seu trabalho de parto começar vai ser de uma vez, pois temos acompanhado a evolução...Ou seja, a qualquer sinal de parto corraaaaaaaaaaaaa....Terminamos a consulta e voltamos pra casa, isso era umas 11:00hs da manha, almocei e fui descansar, pois estava exausta,  sempre ia de uma cidade a outra pra fazer o pre-natal e nos ultimos dias isto estava ficando cansativo demais...Deitei e dormi um pouco, quando foi por volta de 2:00hs da tarde eu senti uma dor forte , e nem suspeitei, mesmo sabendo de tudo, que já estava prontinha pro nascimento. Eu pensei, nossa deve ser uma dor de barriga kkkkkk!!!!Fui burrinha mesmo, e olha que eu sei exatamente como são contrações, pois do outro parto eu me lembro bem...mas não, lá vou eu, chamo minha mãe pra me levantar da cama e vou pro banheiro, quando vejo, oooooooooo o sangramento e o resto do meu tampão, eu fiquei muito feliz, juro, não entrei em panico, so chorei de felicidade, pois sabia que ali começava a obra de Deus, pois eu entrei em TP, antes mesmo do que planejamos da cesarea, pois tínhamos medo de estarmos tirando os bebes cedo demais, mesmo sabendo que ja estavam prontos. Então, continuando, liguei pra meu marido que estava trabalhando e falei: entrei em trabalho de parto, vem logo, porque o medico disse que assim que entrasse fosse correndo pro hospital, afinal tinhamos muitos quilometros  até lá. Ele chegou em menos de 5 minutos e eu ja tava pronta, nem tive condição de tomar banho, as malas ja estavam prontas e fomos seguindo estrada.
Chegando na cidade corremos pro hospital e o medico ja estava me esperando e também minhas duas amigas e colegas de curso, anjos de deus, estavam a me recepcionar...Eu confesso que fiquei muito tensa quando entrei no hospital, meus pés gelados, tremendo, mal conseguia falar. Ficamos esperando uma meia hora até tudo ficar pronto e eu lá....Quando eu vi a equipe passando e a enfermeira vindo pro meu lado dizendo: vamos arumar querida!" eu quase morri de medo, aí baixou a criança em mim, começei a chorar pro corredor afora, meu marido segurando minha mão e me acalmando, minhas amigas relatando as experiencias bem suscedidas delas naquele hospital, e eu indo, chorando, querendo voltar, foi hilariooooooooo...Vou pro apartamento e la não teve jeito mais, a enfeirmeira mandou eu descer as roupas, me deu uma camisola que não cabia em mim, já sou grande a grávida de gêmeos fiquei imensa, essas camisolas que fecham atras com uma fitinha e a minha não fechava mais, fiquei com o rabo todo de fora, e andando assim pelo corredor até o centro cirurgico, me recusei a deitar na maca, eu tenho pessimas lembranças de macas, lembro do barulho da rodinha, trauma. Fui andando mesmo, meu marido atrás e as minhas amigas e eu certa de que meu marido acompanharia o parto, mas nada disso, na ultima hora eu soube que eles não deixariam ele ver o parto, porque não tinha médico pra tomar conta dele, ai meu deus, eu gelei toda e botei "força na peruca" e enfrentei a centro cirurgico. A efermeira, um anjnho, veio e me sentou na porta, foi achar a veia pra botar soro, me deu a touca pra por no cabelo e a equipe entrou, me mandaram entrar na sala e logo sentar na mesa de cirurgia, imediatamante. Demorou uns 5 minutos até eles arrumarem todos os intrumentos e eu vendo, até perguntei o médico:"essas faquinhas todas aí são pra mim...ele riu e disse: so 1 delas vai te cortar, as outras sao pra limpeza...".Veio outro e falou da anestesia, a enfermeira foi pra minha frente e me abraçou, pediu pra eu deitar nos braços dela e o médico la atrás so mandando eu abaixar, como assim meu Deus, com essa pança imensa, mas abaixa, senão nao achamos o osso certo e so senti a picada e mais picada, acho que foi umas 10 picadas, isso eu sentia, mas também já estava pra lá de Bagdá....Ah o médico ainda falou: "olha assim que mandarmos vc deitar, deita imediatamente, vamos te ajudar" e assim foi, eu deitei e já não era dona de mim!!!Fiquei nervosa e eles lá em cima de mim, eu ainda sentia a ponta dos meus dedos do pé e o medo de sentir a cirurgia, falei com o médico:" doutor eu to sentindo, os dedos dos meus pés ainda mexem, misericordia, ele me retruca, "Tá não eu já te cortei, se vc estivesse sentindo, pularia no teto" kkkkkkkkkkkkkk. Ele falou tenta de novo mexer seu dedo, aí eu nem sequer sabia mais deles...
Foi tudo muito rápido, eu não tive coragem de olhar para o negocio gigantesco de luz que fica em cima da gente e que dá pra ver tudo. Ele perguntou vc quer ver nascer, então olha pra cima eu olhei, e vi ele tirando o menino, foi lindo , ouvi o choro, foi a visão do céu...logo ele veio e me mostrou ele, e eu chorando feito louca...depois de 2 minutos, exatos 2 minutos a menina nasceu chorando e eu chorando de cá, linda de cabelo e olhos abertos...Foi a sensação mais maravilhosa da minha vida, senti Deus ali, eu pedi a ele que me operasse naquele momento , que me desse forças e tudo se fez, para a honra e gloria do senhor Jesus...
Outro detalhe de fé, eu pedi muito a Deus que me desse um liquido aminiótico abundante e cristalino, pois da outra gestaçaõ meu liquido secou, e Deus mais uma vez fez o milagre, foi até engraçado, um dos médicos me perguntou se em minha cidade tinha rio, eu logo falei que tinha e ele brincou entao menina você bebeu a agua do rio todo da sua cidade, vc tem muito liquido...Mais uma vez eu vi a mão de Deus!!!!São coisas que cremos e parece simples, mas creio muito.
Bom, tiraram meus bebezinhos e levaram os dois pra sala lá de limpeza e vi meu marido la na porta louco , chorando, afinal ele merece muito, comigo todo o tempo, nessa nossa caminhada de luta e superação. Ele pegou os dois nos braços, vi depois pelas fotos...
A cirurgia seguia e eles me costuraram e terminaram, voltei pro quarto e meu marido la e todo feliz, chorando, eu tava meui grog da cirurgia, e logo trouxeram os bb's pro quarto também..
Foi uma noite linda e longa, maravilhosa, nunca vou esquecer este dia, onde vi o milagre acontecer!!!!
Depois volto pra contar o pos operatório!!!
Obrigada a todos por tudo!!!!!!!!!!!!