SEJAM BEM VINDOS!

PERCEPÇÕES...quase 6 mêses depois que você se foi..


As vezes acho que vou acordar e nada disto aconteceu, meu bebê está qui, crescendo e nós estamos felizes, tudo não passou de um pesadelo...Mas não, aconteceu e conviver com a perda é uma ds tarefas mais difíceis na vida de uma pessoa. Não é só a "perda física de um bebê", é a perda de um filho, de sonhos de muitas pessoas, dos planos e projetos, dar um novo percurso a vida. Me sinto mutilada, é viver sabendo que uma parte de ti não está mais ali. Só quem passa pela dor da perda de um filho pode compreender com a devida sensibilidade o que estou falando...
O que me recordo daquele dia é um dia lindo de sábado, com um sol brilhando e no meio do dia tudo ficou turvo e a tempestade ameaçava, só não sabia que seria um dia tão longo, o que era um sonho lindo se transformara em um dia de medos, de dor...
Percepções daquele dia, lembro do medico não achando os batimentos cardíacos e nós ali sem compreendermos bem o que estava acontecendo. Eu só pedindo a Deus pra me dar forças porque eu já não era mais eu e sim um pedaço de gente estirada numa cama sem saber de nada, só sabia que ele iria nascer, mas não estava vivo. Me recordo que o tempo parou, eu não me localizava mais espacialmente, sabe quando a gente assiste a um filme e o relógio pára, foi mais ou menos isto que senti. Sei que as coisas estavam acontecendo e eu anestesiada ali, não falando coisa com coisa. Um fato não me sai da cabeça, lembro da maca do hospital deles me empurrando para o centro cirúrgico e eu só pensando que ía morrer; o corredor pareceu imenso, ouvia o barulho das rodinhas da maca pelo piso e só. Entrei no centro cirúrgico e vi um holofote enorme em cima de mim, não sei como se chama este aparelho, mas é uma roda enorme com umas lampadas em cima da gente e lembro que eu fechava os olhos pra não ver o que as lampadas poderiam me mostrar... Lembro-me também do médico me pedindo pra ter forças e meu marido ali do meu lado me pedindo pra não desistir... Teve um momento que tudo parou, a contração parou, o médico parou e eu parei, me lembro dele me dizendo que haviam parado as contraçoes pelo fato do bebê estar morto e me dizendo:''olha, eu vou ter que aplicar mais uma dose de ocitocina e você vai ter que ser forte, porque a dor que está sentindo é 10 vezes maior que a dor de parto sem indução..." e eu ali, parecendo dopada e só concordando com tudo, mas ao mesmo tempo não sabendo realmente de nada...
Percepões daquele dia, daquele momento... foi tudo tão assustador que na sala ao lado estava uma gestante ganhando seu bebê ao mesmo tempo, que eu e o dela chorou e o meu não, o choro daquela criança entrou nos meus ouvidos e me deixou mais perplexa ainda, os médicos se cumprimentaram em pêsames, um vitorioso e outro sentindo muito pela perda. Lembro-me de toda movimentação do hospital das pessoas ao meu redor, na volta do corredor para o quarto a familia da outra gestante toda feliz e me perguntando o que era o meu bebê e eu parecia que não tinha mais voz, só falava ele nao nasceu e as pessoas me dando os pêsames e eu na maca, ouvindo o barulhinho das rodinhas...
Quando eu voltei pro quarto os familiares lá... todos em pranto e eu lembro de dizer chorando"meu anjinho nasceu"....
Agora depois de quase 6 mêses eu aqui narrando as sensações, os cheiros e gostos daquele hospital..
Hoje entendo o que era aquilo, era a perda do meu filho, eram os sentimentos conturbados e eu perdendo literalmente os sentidos... A dor psicológica transpassou a dor física, digo que naquele momento poderia me cortar toda que eu não sentiria mais a dor física...
Acredito que muitas passaram por coisas tão sofridas quanto eu. Estamos vivas, lutando cada dia pra seguir em frente e renovando sempre as esperanças.
Digo a todas vocês que também perderam um bebê que Deus vai nos restituir...
Tudo isto vai passar...
Foi muito difícil escrever aqui, eu sinceramente achava que não conseguiria dividir com vocês...Mas em respeito a todas que me seguem e que me dão forças eu resolvi dividir com vocês um pouco do que senti naquele momento.
Fiquem em paz!!!

ANDREA DORIA...


Interessante como as músicas "falam", ouvi esta múusica do saudoso Renato Russo há muito tempo atrás e naquela época falou muito pra mim, anos depois, mexo nas "caixas do passado" e acho o cd do Legião Urbana e ouço, e mais uma vez vem lá Andrea doria me falando muito. Do mundo que temos que enfrentar, dos problemas e da perda da ilusão, de quando achávamos que poderíamos fazer a nossa maneira, que não havia dor... Enfim, vou colocar abaixo apenas uns versos, os mais relevantes pra mim no momento e que me falam muito...

Andrea Doria
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...


NASCERAM AS GÊMEAS DE MINHA AMIGA


GRAÇAS A DEUS NASCERAM FORTES E SAUDAVEIS AS GÊMEAS DE AUCIENE, UM EXEMPLO DE VIDA E DE PERSEVERANÇA PRA TODAS NÓS, MÃES QUE PERDERMOS NOSSOS BEBÊS.
ME RECORDO QUE QUANDO EU PERDI MEU BEBÊ ELA JÁ VINHA DE 2 PERDAS SEGUIDAS, E ELA ME DEU FORÇAS ME DIZENDO QUE "DEVEMOS PERSEGUIR NOSSOS SONHOS ATÉ O FIM E QUE ELA TENTARIA QUANTAS VEZES FOSSEM NECESSÁRIAS PARA TER SEUS FILHOS"...
E ELA CONSEGUIU.
AMÉM LOUVADO SEJA DEUS!!!

A vida emocional do feto


Até bem pouco tempo, admitia-se que o psiquismo humano entrava em funcionamento no exato instante em que ocorria seu nascimento quando, então, dava-se a cesura do cordão umbilical, ou seja, ao perder a segurança uterina e tendo que procurar por si mesmo o oxigênio e o alimento para sua sobrevivência.

Através de estudos psicanalíticos realizados, observou-se que, sob intensa angústia, os pacientes abandonavam, muitas vezes, a realidade externa eliciadora de um sofrimento intolerável, para buscar refúgio numa realidade muito mais primitiva, regredida, relacionada à vida intra-uterina.

Com o advento da ultra-sonografia e, mais tarde, da ecografia, pôde-se observar o universo fetal e a sua história de desenvolvimento físico-emocional.

Assim, constatou-se que não apenas o trauma do nascimento marca inconscientemente o indivíduo para sempre, como também o modo como o feto percebe suas experiências pré-natais, vão se constituir no modelo das vivências emocionais no decorrer de sua vida aérea e, mais imediatamente, na primeira infância.

Podemos então dizer que, certamente, a vida psíquica não se inicia com o nascimento, porém é uma continuidade da vida intra-uterina.

Desta feita, a visão que se tinha de que o útero era um lugar silencioso, um verdadeiro paraíso, onde os ruídos externos não chegavam até ele e que o feto era um ser passivo, completamente dependente, foi derrubada ante o desenvolvimento tecnológico e psicanalítico.

Hoje, o que se sabe é que é um ser humano em formação e que reage a estímulos, chupa o dedo, dorme e acorda, tem movimentos respiratórios, movimenta-se à procura de posições que lhe sejam mais confortáveis, boceja e soluça, sorri e chora...

Sabe-se, inclusive, que as atividades executadas por ele não são sem sentido, cumprem objetivos: não só deglute o líqüido amniótico para se alimentar como regula o volume de ingestão; os movimentos realizados desenvolvem as articulações e ossos e as experiências sensoriais são fundamentais para o desenvolvimento do cérebro.

Por sua vez, a visão de útero também se modificou, pois o feto escuta a voz materna e paterna, os sons internos e viscerais da mãe, como a digestão sendo realizada, os batimentos cardíacos, a circulação sangüínea, o ressoar do sono materno, a sonoridade do mundo externo que lhe chega abafada, porém audível.

Muito mais que tudo isto, foi a compreensão adquirida que o feto sofre com a influência das emoções maternas e que o levam a participar na manutenção e determinação do final da gravidez, seja prematuramente, através do aborto ou gravidez a termo.

Diante disto, se o nível de angústia e ansiedade da gestante tiver intensidade muito elevada ou mesmo se sofrer traumas emocionais ou stress, crônico ou agudo, há de desencadear grande sofrimento fetal, marcando-o profundamente, podendo mesmo acarretar problemas orgânicos e psíquicos, com decréscimo de seu desenvolvimento físico.

Apesar de não haver conexão direta entre o sistema nervoso materno e fetal, emoções como ira, medo e ansiedade fazem com que o sistema nervoso autônomo materno libere certas substâncias químicas na corrente sangüínea, alterando a composição do sangue materno e que, transpondo a barreira placentária modificarão a bioquímica do ambiente intra-uterino onde está se desenvolvendo o feto.

Esta transformação provoca-lhe um estado de alarme que se manifesta por aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos e aumento ou diminuição da atividade motora, podendo chegar à imobilidade.

Ruídos estranhos ao feto também podem provocar angústias, na medida em que desencadeiam o comportamento de alerta.

Na busca do alívio das tensões, desenvolvem-se mecanismos psíquicos de defesa e que são expressos através de movimentações hiperativas do corpo. São reações parecidas com as do recém-nascido em sofrimento que se contorce, grita, chora, esperneia, para livrar-se do que lhe causa desespero. Ou, ao contrário, se a situação estressante torna-se crônica, o feto "substitui" o mecanismo de defesa que não percebe mais como aliviador de tensão, e ocorre a diminuição das atividades motoras ou hipoatividade, que sugere a possibilidade de depressão e de decréscimo de energia vital.

Enquanto durar o distúrbio emocional da gestante, a atividade fetal continuará a um nível elevado. Se forem distúrbios breves, geralmente o aumento da irritabilidade fetal durará algumas horas.

Gestantes infelizes e deprimidas têm maior probabilidade de ter partos prematuros ou de ter bebês com pesos mais baixos ao nascer, podendo ser hiperativos, irritáveis, manifestar dificuldades na alimentação, apresentar distúrbios do sono, choro excessivo e necessidades incomuns de ficar no colo.

Sendo o feto e o bebê a mesma pessoa, as características de personalidade, de comportamento, de preferências e respostas do feto mantêm-se na vida pós-natal. Ao reviver situações estressantes semelhantes às da vida fetal, inconscientemente buscará o mesmo padrão de comportamento que apresentava na vida intra-uterina, para o alívio das tensões.

Acredita-se, atualmente, que por meio de sinais materno-filiais, é firmado um compromisso entre a mãe e a criança e que desencadeia o trabalho de parto.
Assim, se o feto encontra-se em contínuo e profundo sofrimento, percebido por ele como ameaça de morte ou de aniquilamento, envia uma mensagem avisando-a que não podendo suportar por mais tempo, vai ser necessária a separação.
Deste modo, pode ocorrer o parto prematuro através de problemas com a placenta, por ser o lugar das trocas entre a mãe e seu filho, na quantidade do líqüido amniótico, hipertensão arterial e outras ocorrências. As ameaças de aborto também são compreendidas de formas diversas, porém sempre ligadas à história da gestante, do casal e do filho.

Estas experiências são percebidas pelo feto como catastróficas, verdadeiras ameaças de morte e depressivas.

Através da ultra-sonografia e da ecografia, podem ser feitas investigações sobre o estado de sono e de vigília do feto. Nos momentos de sono, permanece imóvel e nos de vigília, observa-se grande variedade de movimentos corporais.

Como as dificuldades e ameaças estão sempre presentes na vida fetal, assim como possibilidades de alívio das tensões, podemos pensar que o sono cumpra duas funções: desligamento por ter encontrado este alívio ou um mergulho no sono para fugir da situação dolorosa.

A grande freqüência de sono durante a vida fetal demonstra a presença de depressão psíquica e imobilidade física, que acarreta um desenvolvimento inadequado dos músculos, podendo levar à hipotonia, que é o rebaixamento do tônus muscular.

Assim, a movimentação do feto é um fator importantíssimo que transmite como a gravidez está se processando e oferece elementos valiosíssimos sobre seu estado emocional.

Daí ressaltarmos a importância das emoções maternas no período da gestação e o quanto é primordial o ambiente imediato como rede de apoio, segurança e continente das angústias e ansiedades maternas.

Deste modo, a qualidade do vínculo entre os parceiros, no momento da concepção e durante a gravidez, é fundamental para o equilíbrio da relação mãe-bebê, uma vez que o feto consegue captar os estados afetivos maternos tanto os de felicidade, tranqüilidade e satisfação quanto os de choques emocionais, ansiedades, raiva, depressão e estresse.

Muitos casais em crise conjugal, ao se depararem com uma gravidez não planejada, tornam este período um verdadeiro caos emocional, muitas vezes culminando com a separação. Há de se repensar as atitudes no sentido de poder proporcionar segurança e apoio à gestante, que se encontra muito mais vulnerável, e bem-estar ao bebê.O acompanhamento psicológico, neste momento de intensa crise, cumpre sua função primordial de oferecer um espaço continente e acolhedor, onde a gestante possa expressar livremente todas as angústias e ansiedades que está vivenciando e que, certamente, beneficiará o desenvolvimento físico-emocional do futuro bebê.

Ana Maria Morateli da Silva Rico
Psicóloga Clínica

http://guiadobebe.uol.com.br/a-vida-emocional-do-feto/

ORANDO POR MINHA AMIGA AUCIENE PELO NASCIMENTO DE SUAS GÊMEAS


HOJE RECEBI A NOTÍCIA DE MINHA AMIGA AUCIENE QUE AMANHA SERÁ A CESÁREA DE SUAS GÊMEAS, NOSSA QUANTA FELICIDADE!!!PASSAREI O DIA INTEIRO ORANDO POR VOCÊ PARA QUE DÊ TUDO CERTO E LOGO VOCÊ TERÁ SEUS TÃO SONHADOS BEBÊS NOS BRAÇOS. PARA QUEM NÃO SABE ESTA AMIGA VEM DE UM PASSADO DE 2 PERDAS ANTERIORES, TAMBEM DE GEMEOS E AGORA DEUS ABRIU AS PORTAS E NOVAMENTE ELA ESTÁ GRÁVIDA DE GEMEAS, DE NOVO... BENÇÃO... QUEM LER ESTA MENSAGEM, POR FAVOR OREM POR ELA.

VENCENDO OS OBSTÁCULOS


Ontem foi um dia muito especial para mim
que ficará marcado para sempre em meu coração...
Agradeço a Deus a força que me deste para tomar esta atitude!!!
Quero também agradecer aos meu amigos por terem me ajudado tanto nos estudos
e dizer do fundo do meu coração:
Meu o obrigada!!!!
Então entrei de férias!!!!

HOMENAGEM A LIANE E RODRIGO


É com muita tristeza que venho fazer este post, em homenagem a minha amiga de infancia Liane que acabara de perder seu bebezinho aos 6 meses de gestação. Que Deus confrte o coração de vocês!!!! Confiem no Senhor!!! Descanse em paz anjinho!!!!

INSISTENTEMENTE: FIQUE BEM!!!





Eu sei que as pessoas ao meu redor me querem bem e gostam de mim, sofrem por eu também estar sofrendo... O meu muito obrigada!!!!!!! Mas eu não aguento mais o "Fique bem", "esteja bem", as pessoas não respeitam o nosso luto e querem que a gente fique boa a qualquer custo... Opa, não é bem assim, cada pessoa vive seu momento de dor de maneira diferente, cada um vive o seu luto, afinal eu perdi meu filho... Entenderam: "eu perdi meu filho"!!! Por favor, não me cobrem uma recuperação momentanea, não há mágica aqui... Não me convidem para festas, não me chamem para comemorar nada, eu não estou em comemoração, façam vocês as festas, me deixe aqui quieta... Como dizia Renato Russo ( um dos meus ídolos) "só me deixe aqui quieto isso passa, amanha é um outro dia..."
Mas é mais um desabafo... Agradeço a todos pelo carinho e pela preocupação diária.

GRAVIDEZ DE ALTO RISCO


GESTAÇÃO DE ALTO RISCO: manual técnico do Ministério da Saúde

Toda gestação traz em si mesma risco para a mãe ou para o feto. No entanto, em pequeno número delas esse risco está muito aumentado e é então incluído entre as chamadas gestações de alto risco. Desta forma, pode-se conceituar gravidez de alto risco "aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido, têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada" (Caldeyro-Barcia, 1973).

Quadro 1. Fatores de risco na gravidez (Tedesco, 1999, modificado)

1. Características individuais e condições sócio-demográficas desfavoráveis

_ Idade menor que 17 e maior que 35 anos

_ Ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse.

_ Situação conjugal insegura

_ Baixa escolaridade

_ Condições ambientais desfavoráveis

_ Altura menor que 1,45 m

_ Dependência de drogas lícitas ou ilícitas

2. História reprodutiva anterior

_ Morte perinatal explicada e inexplicada

_ Recém-nascido com crescimento retardado, pré-termo ou malformado

_ Abortamento habitual

_ Esterilidade/infertilidade

_ Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior que 5 anos

_ Nuliparidade e Multiparidade

_ Síndrome hemorrágica ou hipertensiva

_ Cirurgia uterina anterior

3. Doença obstétrica na gravidez atual

_ Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico

_ Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada

_ Ganho ponderal inadequado

_ Pré-eclâmpsia e eclâmpsia

_ Diabetes gestacional

_ Amniorrexe prematura

_ Hemorragias da gestação

_ Aloimunização

_ Óbito fetal

4. Intercorrências clínicas

_ Hipertensão arterial

_ Cardiopatias

_ Pneumopatias

_ Nefropatias

_ Endrocrinopatias

_ Hemopatias

_ Epilepsia

_ Doenças infecciosas

_ Doenças autoimunes

_ Ginecopatias

FONTE: Manual Tecnico de gestacao de alto risco. Minanisterio da Saude, 3. edicão, brasília, 2000. (Pagina 14)

http://www.providaanapolis.org.br/gestao.htm

LUTO: COMO ENFRENTAR


Falar-se sobre o luto continua, em certa medida, a ser um tabu. De resto, é-nos quase sempre difícil abordar os temas que envolvem a morte. Mas falar de luto é muito mais do que falar sobre a perda física de alguém de quem gostamos. É possível vivenciar o luto aquando do fim de um casamento, numa situação de doença grave ou depois de um acidente cujas consequências implicam alguma forma de incapacidade. Mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas têm de lidar com o luto – e podem fazê-lo de uma forma mais ou menos ajustada.
Até há relativamente pouco tempo, o luto era descrito como um processo mais ou menos padronizado, dividido por fases, cada uma marcada por um estado emocional. Hoje sabe-se que o luto é diferente de pessoa para pessoa. Não há uma forma “normal” de viver o luto. Cada pessoa poderá experimentar emoções diferentes, muitas vezes combinadas numa espécie de turbilhão avassalador. Os estados emocionais podem variar entre a negação, a tristeza, a raiva, a confusão, o desespero e até a culpa.
Nalguns casos, este sofrimento traduz-se num conjunto de manifestações físicas que incluem problemas de sono, alterações no apetite, quebras de energia e dores no corpo.
A duração do luto também pode variar de pessoa para pessoa – nalguns casos, este processo pode implicar vários meses, mas também existem pessoas que atingem a aceitação e a adaptação apenas ao fim de alguns anos.
Lidar com o luto implica sobretudo:
Ser capaz de expressar as emoções de forma clara. É importante aceitar que todos os sentimentos associados à perda são normais. Algumas pessoas reprimem a manifestação dos seus pensamentos e dos seus sentimentos por temerem que os seus familiares e amigos possam julgá-las (ou até vê-las como “doidas”). Fingir não é o caminho. A manifestação clara das emoções é a forma mais ajustada de lidar com o sofrimento. Assim, se alguém lhe perguntar “Como vai?”, tenha a coragem de dizer como se sente.
Organizar os pensamentos. Escrever regularmente (num caderno, num diário, num blogue, etc.) é uma forma terapêutica de lidar com a perda. Não se preocupe com os erros. Centre-se no reconhecimento e na aceitação dos seus sentimentos. Releia aquilo que escreveu antes e perceberá que, com o tempo, aparecem mudanças. Esta actividade ajudá-lo-á a perceber que todas as emoções são “normais” e que a sua intensidade diminui gradualmente.
Enfrentar memórias. Mais cedo ou mais tarde, virá o confronto com situações potencialmente desconfortáveis. Não tenha medo de chorar à frente de outras pessoas. Fugir das actividades que o façam lembrar a pessoa que perdeu não o ajudará. Dê a si mesmo a oportunidade de planear essas actividades e aceite alguns retrocessos. Rever fotografias, cartas ou postais faz parte do luto.
Adiar mudanças ou decisões importantes. No meio da dor, pode tornar-se difícil manter o discernimento necessário à tomada de decisões, como uma mudança de casa ou outras alterações que envolvam compromissos financeiros. Na impossibilidade de adiar decisões, aconselhe-se com familiares e amigos.
Cuidar da saúde. A nossa saúde física anda de mãos dadas com a saúde emocional, pelo que, mais do que nunca, é fundamental fazer uma alimentação cuidada, manter uma boa higiene do sono e limitar o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, a prática regular de exercício físico pode aliviar a ansiedade.
Ser paciente. Ainda que fosse desejável que o luto durasse apenas alguns instantes ou que pudéssemos ultrapassar o sofrimento da noite para o dia, esperar por mudanças drásticas e repentinas é absolutamente irrealista. É preciso tempo para que os sinais e sintomas associados ao sofrimento possam diminuir gradualmente. Para muitas pessoas, só ao fim de mais ou menos seis meses são visíveis mudanças.
Procurar ajuda. Há pessoas para quem a passagem do tempo não implica qualquer mudança, muito menos algum alívio. Se se sente preso a uma perda, é possível que esteja em risco de depressão, pelo que importa pedir ajuda especializada.

Fonte: Claudia Morais WWW.APSICOLOGA.COM



MINHA HISTÓRIA ...


A primeira coisa que quero dizer é que esta criança foi e é amada mais que tudo nesta vida e que os nove meses que ele passou em minha barriga foram os dias mais felizes de nossas vidas!!! Ele era realmente “iluminado”, o que faz jus ao seu nome: Lucas. Despertava o amor e a atenção de todos, sem ao menos fazer parte deste mundo.

Bom, vou contar resumidamente minha historia pra vocês. Foi uma gravidez planejada e então estava grávida, lembro até hoje do teste positivo, mesmo já pressentindo que ele já estaria dentro de mim, a felicidade foi tanta que meu marido logo foi comprar o primeiro macacãozinho dele, mal sabíamos que mais tarde seria a roupinha de seu velório... A gestação foi tranqüila, poucos enjôos, os exames estavam bons, não tive pressão alta, nem diabetes, e as ultras, nada anormal, até então. Cada dia que se passava era uma benção, lia tudo sobre gravidez, fiz curso de gestante, arrumei tudo, com o maior amor deste mundo. Mas algo mudou, não sei explicar exatamente o que foi, se era um “sexto sentido”, mas nos últimos 15 dias eu preocupei demais, pra ser mais exata, algo me dizia que estava acontecendo alguma coisa, e jurava que não estava com liquido amniótico, não sei mesmo o porquê. Fomos então fazer uma ultra e o médico me acalmou que estava tudo bem e que o liquido estava diminuído porque eu estava no final da gestação. Mesmo assim eu não acalmei. Fiz o pré-natal todo com um clinico geral, não era um obstetra, talvez tenha sido o meu erro, mas enfim, ele me dizia que estava tudo bem, então acreditei, e não estava. Nisto, resolvemos de última hora, exatamente faltando 13 dias para ele nascer, procuramos um especialista de uma cidade vizinha, e chegando lá já não tinha muito que fazer, tudo o que tinha era de outro medico, e o obstetra encontrou algumas falhas no pré-natal, mas... Bom, notei também neste período que o meu bebezinho diminuiu muito os seus movimentos visto que ele era súper ativo, mexia muito mesmo, mas todos dizem que é assim mesmo, que no final eles desaceleram, então acreditei. Digo a todas vocês mamães que estiverem lendo, em si tratando de gravidez, nada é normal, qualquer coisa, procurem o médico, relatem. Continuando, o obstetra então decidiu marcar a cesárea, porque eu já estava entrando nas 40 semanas e não seria bom esperar mais, já que ele me disse que eu não tinha e não teria “passagem”. Lembro-me que neste dia, uma sexta-feira, foi o dia mais incrível, meu bebê nasceria na segunda, tudo organizado. Ficou combinado, o medico me deu as instruções e foi ali, a última vez que ouvi o coraçãozinho dele bater. Quando foi a noite, já estávamos deitados, meu marido sentiu uma dor fortíssimo no coração, e hoje cremos que neste momento o Lucas despediu de nós! Na manhã senti minha barriga um pouco diferente, e como de costume, pedi meu marido que brincasse com ele, era só colocar a mão dele e o Lucas dava seus chutinhos, e nesta manha isso não aconteceu, pensamos, que ele estivesse dormindo. Quando foi na hora do almoço, tinha se formado um volume na minha barriga e ela estava muito dura, e mais uma vez tentamos estimular o Lucas e nada, e no mesmo momento comecei a sentir umas dores, rítmicas, fortes, e então entrei em trabalho de parto. Fui correndo para o hospital e lá o santo do meu medico estava já me esperando, não ouviu o coração dele, e resolveu romper a bolsa, foi muito difícil, e quando conseguiu, só o ouvi dizer: “senhor Jesus Cristo”! Neste momento começava o pior dia das nossas vidas, não saiu uma gota de liquido, apenas uma posta de mecônio (cocô) do meu bebê, e mesmo assim o medico ainda me levou pra ultra, pois ele disse que se houvesse um sinal e vida ele tentaria salvar meu filho, mas infelizmente quando ligou os aparelhos só foi um silencio, não havia mais batimentos, assim a morte intra – uterina havia se confirmado. Foram horas de terror, de dor, de tudo... Eu não acreditava que meu amado filho não estava mais comigo, era um sábado e na segunda-feira ele nasceria... Tive que induzir um parto normal, de meu filho que já havia falecido, não agüento lembrar sem que as lágrimas caiam do meu rosto!!! Tenho sofrido muito, minha vida é só dor... Apenas creio em Deus, mesmo que ao ajoelhar, só as lagrimas cheguem, eu as entrego a Ele, porque mesmo ainda não entendendo seus desígnios eu sei que Deus faz o melhor. Digo a todas vocês que estão lendo, qualquer coisa anormal procurem imediatamente o médico, gravidez não é tão simples assim!!! Meu bebê parou de bater o coraçãozinho e ele estava com mecônio, li muito sobre isto e digo, principalmente no final da gravidez, se o bebê mexe pouco, corra para o medico.

Eu agradeço aqui ao meu marido, companheiro e amor de uma vida que tem me colocado de pé, mesmo sofrendo igualmente, aos meus pais e aos meus amigos que se doaram para me ajudar. Deus esteja com vocês!

Esta é um pouco da minha historia, não consigo mais escrever...

Meu filho partiu no dia 15 de janeiro de 2011!!

Lucas amor eterno, eu te amo!!!!



SELINHO QUE GANHEI DA MINHA AMIGA DEBORA



ESTE SELINHO GANHEI DE MINHA AMIGA DÉBORA. MUITO OBRIGADA!!!